8-FALSAS MUSAS
Quando o teatro cair
Não adianta reclamar
Quem não foi conferir
Mentiu sobre amar
Vendeu o leito do rio
Desmatou pra acabar
À minha terra feriu
A guerra encerra o cantar
A serra segue febril
A desertificar
Pacoti desistiu
De se levantar
É tão fácil seguir
E difícil lutar
Construção civil
Está acima do lar
Quem foi que viu
Alguém gritar
Contra o fuzil?
A forca está no ar
À força vem dominar
Dogmas do poder
Feia fera
A ladrar
Preferem se render
À prosperar
Promessas a escorrer
Pretensão de driblar
"Inverdades" gasguitas
Amargura à gralhar
Inquisição do sertão
Do Inferno ao mar
Pinta de verde o peão
Com jargão a jogar
Enquanto o escorpião
Cresce sempre a calar
"Aprenderam da língua
A se alimentar"
Quando faltar o pão
Quem irá comprar?
A urna arde na mão
Urram no pátio a pastar
Quando a provocação
Por droga assaltar
A educação
Já cansou de sangrar
Embebida em ilusão
Dialética
Fagulha em fricção
Poética
Alerta no coração
Não há ética
Tudo é decifração
Cibernética
Fragmentação
Fração estética
Cifra, selva, cifrão
Prova tática
E uma população
Estática
Triste botão d'aporética
Na programática
Não importam onde estão
Os erros de gramática
A grana mora na lama
Jogada da dama
Pó em grama
Grades de porcelana
Tudo em tempo
Sem alento
Atento
Tanto quanto Alencar
Elenco torto
Já bem morto
A murta muda
Emudece a elencar
Entre crivos e arquivos esquecidos
Falsos museus
São as musas
No altar
Quem tem os seus
Não teme adeus
E jura para um deus
Que nunca esteve lá
Ateu Poeta
16/02/2017
Quando o teatro cair
Não adianta reclamar
Quem não foi conferir
Mentiu sobre amar
Vendeu o leito do rio
Desmatou pra acabar
À minha terra feriu
A guerra encerra o cantar
A serra segue febril
A desertificar
Pacoti desistiu
De se levantar
É tão fácil seguir
E difícil lutar
Construção civil
Está acima do lar
Quem foi que viu
Alguém gritar
Contra o fuzil?
A forca está no ar
À força vem dominar
Dogmas do poder
Feia fera
A ladrar
Preferem se render
À prosperar
Promessas a escorrer
Pretensão de driblar
"Inverdades" gasguitas
Amargura à gralhar
Inquisição do sertão
Do Inferno ao mar
Pinta de verde o peão
Com jargão a jogar
Enquanto o escorpião
Cresce sempre a calar
"Aprenderam da língua
A se alimentar"
Quando faltar o pão
Quem irá comprar?
A urna arde na mão
Urram no pátio a pastar
Quando a provocação
Por droga assaltar
A educação
Já cansou de sangrar
Embebida em ilusão
Dialética
Fagulha em fricção
Poética
Alerta no coração
Não há ética
Tudo é decifração
Cibernética
Fragmentação
Fração estética
Cifra, selva, cifrão
Prova tática
E uma população
Estática
Triste botão d'aporética
Na programática
Não importam onde estão
Os erros de gramática
A grana mora na lama
Jogada da dama
Pó em grama
Grades de porcelana
Tudo em tempo
Sem alento
Atento
Tanto quanto Alencar
Elenco torto
Já bem morto
A murta muda
Emudece a elencar
Entre crivos e arquivos esquecidos
Falsos museus
São as musas
No altar
Quem tem os seus
Não teme adeus
E jura para um deus
Que nunca esteve lá
Ateu Poeta
16/02/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário