11-REVIRANDO NÓS
O céu derrama
Dramas para quem não tem
As damas postas no além
Aquém da realidade
Moldam a polaridade de alguém
Por desprezo ou vaidade
A sanidade vai e vem
Em versos orbitantes
A pátria nunca foi nem será o Sol
Mas manda no arrebol
Sinfonias de sangue
Para delírio do congresso
Chá de lírio e de regresso
Processo de listas
As listras já não se escondem mais
De Juazeiro a Pinhais
Juízes e carrascos
Culpados de pecados mil
Inflamam fogo no Brasil
Com hipnose e decretos
Secretos são os planos
Dessa gente
Um tucano indecente
Quer tornar cadente
Cada estrela
O pó
Que chamam de cocaína
Está na esquina
Revirando nó
Atropa dá e leva choque
Cega, sega e maltrata
Com a brutalidade ingrata
Para com quem tira o jiló
E aumenta o pão de cada dia
Com firmeza e galhardia
Mas, só importa a sangria para o arigó
E para quem tem dinheiro
Lá no Rio de Janeiro
Que faz carnaval o ano inteiro
E não vai para o xilindró
Ateu Poeta
02/03/2017
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