6-ISABEL
Qual latitude?
Qual o teu nome em Latim?
Que altitude
Que atitude, enfim
Qual a virtude
Olhos de Querubim
Para atingir a longitude
De teu coração
Onde a canção brota
De bálsamo em jasmim?
Perdi teu rosto
Em um esboço qualquer
Em alvoroço
Brincas de mal-me-quer
És primorosa rosa
Desabrochando em botão
És tentação
Musa de frenesi
Mas, tuas pistas de pão
Não têm sustentação
Toda a paixão
Emana de ti
És a fascinação nua
O luar em si
A escuridão dá abrigo
Ao papel
O meu violão decifra
Cifras ao léu
Nenhum cifrão
No balão de Babel
A solidão é sólida
Isabel
Venhas comigo
Da libido ao céu
Do colorido sabor
Êxtase de mel
A transformar o mundo
Em carrossel
Sobre um negro corcel
Perambular por aí
No jardim de sinfonia
E torpor
Até o tempo mais lento decantar
Em vapor
Ateu Poeta
31/01/2017
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